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terça-feira, 23 de junho de 2015

Tasmânia (PARTE 2): Port Arthur, um museu a céu aberto

Pra começar "de verdade" a série de posts sobre a Tasmânia, já que o primeiro post foi só uma introdução (se você não viu, recomendo dar uma olhada pra se situar, link AQUI), hoje vou postar sobre Port Arthur.

A pequena cidade de Port Arthur tem muita história pra contar e qualquer descrição que eu fizer, por mais detalhada que seja, não fai fazer jus ao que o local significa. Vou me limitar a dizer o seguinte: foi uma enorme prisão até 1877, foi palco do maior massacre da história da Austrália pós-colonial, é Patrimônio Cultural da Unesco e o museu mais interessante que já visitei na vida (sim, é um museu a céu-aberto).

E isso é o resumo da síntese do sumário! :-D Sim, Port Arthur é MUITO mais do que isso. Pra quem quiser saber mais a respeito, vou deixar a porta de entrada pra pesquisa nesse link AQUI.

Várias coisas nos impressionaram: a conservação das construções, a prisão onde os detentos ficavam 23 horas por dia numa cela minúscula e não podiam nem falar (e os guardas se comunicavam por linguagem de sinais!!!), a solitária... vamos às fotos e vídeos, começando por um vídeo com a visão geral do lugar:



Antes de mostrar a "prisão silenciosa das 23 horas" e a solitária, algumas fotos externas:

A prisão principal


Dentro da prisão principal



A torre de vigia

O hospital


Parte interna do hospital





A igreja



E agora sim, a prisão onde os condenados ficavam 23 horas por dia numa cela
minúscula em silência e só saiam 1 hora por dia pra uma seção aberta:

Corredor das celas (restaurado)

Um outro corredor de celas, esse não restaurado

Uma "cela das 23 horas"

E, por fim, a solitária:

Acabei não tirando fotos do prédio onde era o correio, mas não podia deixar passar essa:
uma lista de endereços da Tasmânia de 1890!!!


E, por fim, algumas fotos da seção informativa e interativa, que é super interessante:





E é isso. Um passeio que nos surpreendeu positivamente e me fez querer saber mais a respeito da história do lugar. Mais posts estão a caminho: Bruny Island, Richmond, Freycinet National Park, Bay of Fires e Cradle Moutain. Imperdível! :)


quinta-feira, 11 de junho de 2015

Tasmânia (PARTE 1): Introdução

No começo de Março fomos finalmente conhecer uma região da Austrália (um estado, pra ser mais exato) cujo nome fez parte da infância de muita gente: a Tasmânia. Os mais novos não vão lembrar, mas a grande maioria do pessoal da nossa idade se lembra do Taz, personagem engraçadíssimo de um desenho animado chamado (adivinhe) Taz-Mania.

"Taz", personagem da infância de muita gente
O Taz era um demônio da Tasmânia que, graças ao nome "demônio", povoou nossa imaginação e acabou criando em muitos de nós uma espécie de "aura mítica" em torno desse tal lugar chamado Tasmânia, que muitos (eu inclusive) passaram a infância achando que era fictício. Por essas e outras é que foi tão massa finalmente conhecer a tal da Tasmânia.

Por fim acabamos não indo atrás de ver nenhum demônio da tasmânia, afinal já tínhamos visto em um zoológico aqui de Sydney (link para o post AQUI), mas sim de explorar os belíssimos cenários naturais que o lugar oferece.

Não é todo mundo que sabe, mas a Tasmânia é uma ilha (eu mesmo só descobri depois que me mudei pra cá e pesquisei a respeito). Na verdade ela não é uma única ilha, mas sim uma ilha principal e outras 334 pequeninas ilhas ao redor da principal. Fica 240 km ao Sul da "grande Australia" e por isso tem um clima relativamente frio: era começo de Março, finzinho do verão, e a temperatura variou entre 8 e 22 graus. O inverno lá deve ser tenso...

Coloquei nosso roteiro na imagem abaixo, é só clicar que dá pra ver em tamanho real e entender melhor:

Chegamos em Hobart, a capital do estado, na noite do dia 4, quarta-feira, e fomos direto pro hotel. No dia seguinte saímos cedinho pra conhecer Port Arthur, uma cidadezinha perto de Hobart que foi uma prisão no começo do século passado e hoje é um museu a céu aberto. Foi um passeio que nos surpreendeu positivamente - foi muito massa, muito mesmo.

Dia seguinte fomos fazer um passeio de barco em Bruny Island na esperança de ver focas e leões marinhos, mas demos azar com o clima, que não colaborou. Foi bonito pelas paisagens, mas teria sido bem melhor se tívessemos pego um dia em que desse pra ver os bichos. Encerramos o dia na charmosa cidadezinha de Richmond, que é rodeada por vinícolas deliciosas e que nos recebeu com uma plaquinha em que se lia "Welcome to Richmond, the tidiest town in the world" (bem-vindo a Richmond, a cidade mais arrumada do mundo).

Sábado dia 7 pegamos a estrada cedinho com destino a Coles Bay, onde fica o Freycinet National Park. Foi um dia legal, com uma caminhada no morro e belas vistas.

O dia seguinte, o último da viagem, prometia ser um Domingo cheio, por isso saímos cedinho com destino à Bay of Fires, que mesmo não sendo ruim deixou um pouco a desejar. Não eram nem 10 da manhã e já estávamos na estrada de novo, dessa vez com rumo à Cradle Mountain, esse sim um lugar fantástico. Além da beleza do lugar em si, demos a sorte de ver WOMBATS SOLTOS, a céu aberto, em seu habitat natural. Chegamos pertinho, interagimos e, claro, batemos um monte de fotos. Foi top!

No fim do dia dirigimos até Launceston, onde dormimos e pegamos o voo de volta pra Sydney no dia seguinte de manhãzinha, com aquela sensação de que algum dia teremos que voltar pra lá passar mais um tempo.

Como fiz na série de posts sobre Perth (link AQUI), decidi fazer um primeiro post só pra dar uma introdução, facilitar a vida de quem vai ler os próximos posts e deixar todo mundo "situado". As fotos e vídeos já estão todas preparadas, não deixem de acompanhar nas próximas semanas: a prisão que virou museu em Port Arthur, o passeio de barco em Bruny Island, a charmosa Richmond, as belas vistas de Freycinet, as estonteantes paisagens da Cradle Mountain e, obviamente, os WOMBATS! Imperdível... :)