Tendo crescido apaixonados por cães, é natural que ter o nosso próprio dog era algo que sempre planejamos. No entanto, tínhamos decidido que ficaria pro futuro, quando estivéssemos morando em um casa, já que cachorro e apartamento era uma boa combinação que não nos parecia muito adequada.
Kelly, nossa primeira Foster Dog |
A primeira doguinha que veio foi uma vira-lata muito fofa, a Kelly, que achou um lar em quinze dias. Depois de mais ou menos um mês veio o Alvin, um micro-maltês super-ultra-hiperativo, que também foi adotado rapidinho, em menos de 10 dias. Apesar de termos gostado das experiências, decidimos que realmente não era uma boa ideia, já que tanto a Kelly quanto o Alvin eram extremamente carentes e dependentes e ficavam latindo toda vez que saíamos de casa, o que os causava sofrimento e, obviamente, incomodava os vizinhos.
Alvin, nosso segundo Foster Dog |
No momento em que a senhorinha chegou em casa com o tal cachorro e ele entrou no apartamento desfilando, todo cheio de si, investigando cada canto da sala e chamando pra brincar com aquele olhar cheio de amor pra dar, eu sabia que não íamos mais simplesmente ser uma Foster Family. Ele veio sem nome, com os pelos sujos e cheios de nós, com uma grave infecção nos olhos, mas seu coração estava intacto, querendo apenas um lar e uma família amorosa. Em alguns dias percebemos que sua personalidade se adaptava perfeitamente a apartamentos, já que ele era super sossegado, ficava sozinho de boa e só fazia necessidades na sacada, onde colocamos um tapetinho canino que tornou a coisa toda bem conveniente.
Batizamos o figura como Steven, levamos pra tosar e dar banho, começamos a tratar seus olhos e iniciamos a papelada da adoção, além de obviamente providenciar o "kit básico": ração, potinhos, coleira, colar de identificação obrigatória (também vou falar a respeito disso no próximo post), brinquedinhos, remédios anti-pulga/carrapatos etc. Segundo o veterinário, os dentes dele indicam uma idade entre 5 e 7 anos.
Tudo isso foi em Setembro e Outubro do ano passado. Hoje, cerca de nove meses depois, costumamos dizer que nossa vida já era fantástica, mas que o ilustre figurinha foi a cereja do bolo. Quem tem/gosta de cachorro vai entender que não exagero quando digo isso.
Vixi... Por fim, a história de como o Steve entrou nas nossas vidas, que a princípio seria apenas o parágrafo de introdução, acabou resultando em um post inteiro! haha... Tudo bem, no próximo post vou falar realmente sobre como é ter um cachorro aqui: a documentação, as obrigações, os custos, além de falar também sobre as entidades de resgate, o impressionante sistema de chips subcutâneos e a incrível inexistência de cachorros de rua.
Falem a verdade: esse post tá ou não tá ANIMAL? Haha... foi mal, mas não podia perder o trocadilho... :-D