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segunda-feira, 24 de março de 2014

"Quero sair do Brasil não por vaidade, mas porque não sei mais como sobreviver aqui"

Segue aqui um post rápido, motivado simplesmente por um sentimento que mistura raiva, indignação, tristeza e falta de esperanças.

Muita gente me escreve por causa do blog e em alguns casos eu acabo trocando tantos emails com algumas pessoas que o assunto inicial (geralmente o visto, a mudança pra Austrália, um iminente intercâmbio etc) acaba ficando em segundo plano e quando menos percebo já estamos falando de futebol, política, tecnologia e outras coisas.

Numa dessas conversas, E.S., um carioca sonhador e batalhador, me contou que ia começar a guardar grana pra aplicar pro visto daqui alguns meses, assim que terminasse de construir um poço artesiano no quintal de casa, já que ele estava há 3 meses sem água.

Minha primeira reação foi de espanto, obviamente, e aí perguntei onde ele morava. A resposta me deixou ainda mais puto/indignado/revoltado/etc/etc/etc. No email ele me explica que é desenvolvedor de software pleno e ganha R$1500,00 por mês. Não vou nem entrar em detalhes sobre o quão ridículo é um desenvolvedor de software ganhar apenas R$1500,00 por mês. Daria pra escrever um post inteiro sobre isso, mas esse post é sobre outra parte do email, que me chocou ainda mais.

Segue o trecho do email que é realmente tenso:

"Moro na baixada fluminense - RJ. É uma região bastante pobre mas é super próximo da central de abastecimento de quase todo estado do Rio. A água dos bairros mais pobres esta sendo desviada para manter a zona sul (leblon, Ipanema, Copacabana, flamengo...) com água. Mas você passa por lá e vê nego lavando Honda Cívic com torneira aberta até alagar a rua. TODO SANTO DIA. Gente lavando calçada, enfim, jogando agua fora. Estou tomando banho na casa da minha mãe, ando 30 minutos(15+15) para trazer um balde de água para jogar no vaso e um para meus 3 cachorros. Quero sair do Brasil não por vaidade, mas por que não sei mais como sobreviver aqui." 

Pra não ficar um post somente textual, vai aqui uma imagem aleatória


sexta-feira, 21 de março de 2014

Tailândia (PARTE 4): Alimentando Macacos em Monkey Beach

Pra quarta parte da série de posts sobre nossa visita a Koh Phi Phi, Tailândia, separei nossa passeio em Monkey Beach, uma praia cheia de macaquinhos. Pra ver os outros posts da série, clique AQUI.

A caminho de Monkey Beach
Monkey Beach é uma praia bem pequena e não povoada e o único jeito de chegar lá é pelo mar. O massa é que não precisa ser necessariamente de barco ou ferry: dá pra alugar um kayak no vilarejo e ir remando, é só "contornar o morro", menos de meia hora. Vale demais a pena, o caminho é lindo e a transparência da água é impressionante.

O lugar é obviamente famoso por causa dos macacos, mas o que nos surpreendeu é o quão bonita é a praia em si. Recomendo a visita, mesmo pra quem não é muito chegado em animais e não faz questão de ver e alimentar os macaquinhos.

Falando neles: eles são super acostumados com humanos e vêm sem medo pegar a comida. É bom levar banana ou amendoim, é só pedir na hora de alugar o kayak. O vídeo abaixo mostra um pouco de tudo: o percurso de kayak, a beleza da praia e, obviamente, os bichinhos que dão nome à praia:


Algumas fotos:







Pra quem gosta de animas ou de praias paradisíacas, fica a recomendação, vale muito a pena. No próximo post, um pouco das várias sessões de snorkel que fiz em diferentes pontos das ilhas e logo em seguida, no último post, a melhor parte: o passeio na estonteante Maya Bay, onde foi filmado o filme "A Praia". Imperdível!!!


quinta-feira, 13 de março de 2014

Tailândia (PARTE 3): O Vilarejo e a Rota de Evacuação em caso de Tsunami

Continuando a série de posts (partes 1 e 2 AQUI e AQUI) sobre nossa viagem ao paraíso - digo, às ilhas Koh Phi Phi, é hora de postar sobre o vilarejo de Koh Phi Phi e sobre View Point, um ponto bem alto na ilha que é usado como rota de evacuação em caso de tsunami e de onde tem-se uma vista animal da ilha toda. Vou começar com a "parte feia", então se você só quiser ver as vistas de View Point, melhor descer lá pro fim do post. :)

Bagunça é apelido
O vilarejo de Koh Phi Phi é super pequeno, mas os contrastes são gigantes. Povo pobre e sofrido, ruas sujas, construções abandonadas e muita desorganização se misturam com resorts luxuosos e turistas despreocupados. Eu evitei me hospedar lá justamente por isso, mas opções de hospedagem por lá não faltam.

As feirinhas são bem bagunçadas (me arrisco a dizer que quase tanto quanto as de Shanghai), como já era de se esperar. Uma coisa que me surpreendeu foi a quantidade de estúdios de tatuagem na vila: vimos no mínimo uns 5.

O videozinho e as fotos abaixo mostram mais ou menos a zona do lugar:




Empresa de mergulho de brasileiros (tava fechada)

Agora a parte bonita desse post: View Point. A subida é bem íngreme e cansativa, mas a vista lá de cima, combinada com os deliciosos shakes naturais da lanchonete que tem lá, compensa com sobra o esforço todo.

Placa no início da subida, indicando que é a rota de evacuação em caso de tsunami

A subida toda é umas vinte vezes o trecho dessa foto...

...mas a vista lá de cima vale demais a pena

Vídeo que fiz lá no topo explicando como foi o tsunami de 2004





Pra quem está se perguntando sobre a praia do filme do DiCaprio: aguentem aí, são de longe as melhores fotos e vídeos, então é claro que vou deixar pro fim :)


quinta-feira, 6 de março de 2014

Tailândia (PARTE 2): Long Beach, o Resort, a Comida

Depois de um primeiro post um tanto quanto "negativo", falando de pobreza, sujeira e até tsunami (link AQUI), é hora de partir pra parte boa na série de posts sobre nossa viagem à Tailândia, começando pelo local onde ficamos, Long Beach, e a comida local, ridiculamente barata.

Ao desembarcar em Phuket, pegamos um taxi direto pro Rassada Pier (uns 50km) e de lá pegamos um ferry até Koh Phi Phi. A chegada em Koh Phi Phi não poderia ter sido melhor: fomos recebidos, no Ton Sai Pier, por uma enorme quantidade de peixes, bem variados e coloridos. Segue vídeo:

Região Norte de Long Beach, onde fica o resort em que ficamos
Pra quem é solteiro e quer curtir as famosas festas na praia regadas a muito álcool, o melhor a fazer é ficar nos resorts do vilarejo. Como esse não é nem de longo o nosso caso e a gente só quer saber mesmo é de sossego e natureza, Long Beach é uma das melhores opções. Além de ser uma praia lindíssima, ela fica isolada no extremo Sul da ilha e pra ir do vilarejo até ela (e vice-versa) só mesmo de barco (dá pra ir caminhando pelo morro, mas leva horas, melhor usar os barcos mesmo). Cada ida ou volta custa 100 Baht (cerca de 3,50 dólares australianos) e leva uns 10 minutos, durante os quais pode-se apreciar as águas cristalinas e as belas paisagens da região.

Os barcos que são usado pra circular pelas ilhas são do tipo long tail boat. Todas as tours e passeios são realizados nesse tipo de embarcação, que é bem barata e prática:

A comida é fantástica e, como eu disse no início, super barata: esse delicioso Fried Rice in a Pinnapple, prato típico tailândes, saiu por apenas 200 Baht (menos de 7 AUD):

Os sucos naturais então, nem se fala (eu tomava uns 5 por dia): feitos na hora, geladíssimos e em tudo quanto é sabor, custam uma média de 50 Baht (menos de 2 AUD):

O suco sem gelo é mais caro que o gelado!!! hahahaha... Essa eu nunca tinha visto:

Duas frutas locais que experimentei e curti: Rambutan e Longon.  Rambutan lembra jambo, Longon eu não consigo comparar com nada mas também é muito bom:

Aqui uma Chicken Salad In a Pinneaple - pra variar, outro prato delicioso e baratíssimo:

Tem um tipo de melancia amarela por lá (tem exatamente o mesmo sabor da vermelha):

Um dos restaurantes tinha até caipirinha - será que é com cachaça mesmo?

Em um dos resorts vizinhos dava pra escolher o peixe ou fruto do mar e eles faziam o churrasco na hora (desnecessário dizer que era tudo extremamente barato):

Esse mesmo resort vizinho tinha um bar bem massa, com uns carinhas fazendo uns malabarismos com fogo quase toda noite, bem interessante:


Long Beach tem uns 4 ou 5 resorts de frente pro mar, um ao lado do outro, e nós ficamos no Paradise Pearl Bungalows (site oficial AQUI), que recomendamos fortementeO resort tem um restaurante fantástico, preços excelentes e até um spa de massagem tailandesa. Tudo isso sem contar que é super bem localizado, na área mais bonita de Long Beach:













Do resort da pra ver certinho a região onde fica a famosa Maya Bay, do filme "A Praia"

Esse bangalô de frente pro mar saiu muito barato, muito mesmo:



O spa de massagem tailandesa

A Mi toda feliz e relaxada no final de uma sessão de massagem

Uma hora da típica massagem tailandesa sai por 10 AUD (em Sydney é no mínimo 50):

No próximo post da série, um pouco de fotos e vídeos do vilarejo e também a bela vista de View Point, o ponto mais alto da ilha, que serve de evacuação em caso de tsunami e de onde dá pra ver a ilha toda e o mar a se perder no horizonte. E não se esqueça: o último post será especial, com a nossa visita a Maya Bay, a paradisíaca praia onde foi filmado o filme "A Praia". Imperdível!