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sábado, 15 de novembro de 2014

O Deserto Australiano (Parte 1): Uluru

Algumas semanas atrás fomos passar uns dias no famoso "Outback", que é a região central do país, onde o clima é desértico. Perdemos o segundo turno da eleição (mesmo morando no exterior somos obrigados a votar para presidente), já que ela foi marcada pro mesmo fim de semana em que tínhamos bookado a viagem, mas valeu a pena.

As principais atrações da região são Uluru e Kings Canyon, e nós visitamos os dois lugares. Esse post é sobre Uluru, que foi bom mas um pouco decepcionante. Logo sai o próximo sobre Kings Canyon, esse sim um lugar que vale a pena ser visitado.

Uluru visto do alto
Uluru, também conhecida como Ayers Rock, é uma pedra gigante que tem um significado religioso muito forte para o povo aborígene. Quando digo "gigante" não estou exagerando: ela tem 3,6 km de comprimento, 2,4 km de largura e mais de 300 metros de altura. O trajeto ao redor da pedra tem quase 10 km. Conseguiu imaginar? Sim, é realmente gigante. O mais interessante é que tudo isso é apenas a parte externa e visível da pedra, ou seja, a parte acima do solo. Ela tem uma profundidade de mais de 5 km!

Formada há cerca de 600 milhões de anos, a imensa rocha se tornou um ponto turístico famosíssimo e recebe aproximadamente 250 mil turistas por ano. O clima desértico é o único inconveniente: era fim de Outubro e a temperatura estava chegava aos 40 graus lá pelas 11 da manhã e só começava a diminuir lá pelas 5 da tarde. Durante a noite o mínimo que pegamos foi de 20. Imagina como deve ser em Dezembro ou Janeiro, no auge do verão? Melhor nem imaginar.


As atrações programadas pro Uluru eram quatro: ver o nascer do sol, ver a pedra de perto, ver o por do sol e fazer o famoso jantar no deserto, que todo mundo diz que tem uma vista espetacular das estrelas. Prometia ser um passeio inesquecível, mas a verdade é que ficamos um pouco decepcionados. A pedra é animal vista de longe, seja dirigindo pela estrada ou admirando o nascer e o por do sol refletidos nela, mas de perto é um pouco decepcionante.

Chegando em Uluru de carro
O jantar foi a maior das decepções: além da comida não ser nem de longe compatível com o preço (190 dólares por pessoa), a noite estava nublada e o céu não tinha nada de especial. Ah, então demos azar por causa das nuves? Não, porque a noite seguinte estava sem nuvens, aí paramos o carro na estrada no meio da nada pra ver o céu mas não tinha nada de diferente do que eu cresci vendo quando ia dormir no sítio lá em Bariri. A Mi, que sempre morou em São Bernardo do Campo, nunca tinha visto aquele monte de estrelas, mas pra mim confesso que foi decepcionante. Se você é interiorano como eu, sabe do que estou falando.

Não me entendam mal, não estou dizendo que foi um passeio ruim. Foi bom e é um passeio que eu recomendo, só não foi tão bom quanto esperávamos. Em resumo, eu diria o seguinte: vá pra ver apenas o nascer do sol. Não perca tempo com o jantar ou com a caminhada na rocha em si. Esse tempo é muito melhor aproveitado em Kings Canyon - aguardem o próximo post e verão... :)

Bom, vamos às fotos e vídeos, que é o que todo mundo quer ver. O vídeo abaixo tem uma "coletânea" dos melhores momentos do nascer do sol e também de algumas cenas de quando estávamos caminhando em voltar da pedra. Abaixo do vídeo estão as fotos.



Antes do jantar


Pra quem gosta, tem passeio de camelo


Chegando no jantar

Durante o jantar

Na manhã seguinte, chegando na pedra pra ver o sol nascer

Pouco antes do nascer do sol




Aos poucos o dia vai clareando...






E o sol começa a dar as caras...





E finalmente dá pra ver o famoso "laranja" da pedra quando atingida pelos raios do sol







Caminhada em volta da pedra




Fissura em forma de coração


Mais algumas fissuras que se formaram ao longo dos 600 milhões de anos da pedra





As estradas da região são todas assim


Chegando à pedra pra ver o por do sol



Pelas fotos acho que deu pra confirmar o que eu falei no começo: a pedra é muito massa vista de longe, mas caminhar em volta dela não é lá tão interessante. Logo sai o post sobre Kings Canyon, esse sim um passeio espetacular. Até lá!


5 comentários:

Anônimo disse...

Realmente pra quem é "da roça" não tem nada d+: É um morro no meio do mato rsrsrs. Achei engraçado que no vídeo da pra ouvir o som de um mosquito/pernilongo/seilá.

Aguardo a próxima etapa :)

E.S

Eduardo Slompo disse...

hahahaha Mas a pedra em si é legal, cara, é gigante e bem bonita (de longe, não de perto). O lance que eu falei q foi decepcionante pra quem vem do "sítio" foi o céu à noite, que ouvi falar que era super estrelado, mas não é nada demais. :)

A próxima parte vai ser melhor, aguarde.. .hehe... abração Eliseu!

Amanda disse...

Olá Eduardo!
Faz um tempo que procuro uma informação sobre imigração qualificada na minha profissão "librarian". ela não está na lista SOL mas está na CSOL...
só consigo visto a convite de um empregador? ou posso conseguir em alguns estados específicos do país, é isso? você poderia me explicar sobre a lista CSOL? estou confusa, Muito obrigada!

Amanda disse...

Outra coisa! quantos mil dólares é preciso ter em conta pra comprovar condições de se manter na Austrália pra visto permanente. Muito obrigada!

Eduardo Slompo disse...

Oi Amanda,

A CSOL é a lista de profissões pra quem tem uma oferta de trabalho mas não tem visto. Ou seja, se vc aplicar pra alguma vaga, fizer as entrevistas e for contratada, aí o seu patrão precisa providenciar o visto 457 pra vc, e esse visto só vai sair se a profissão estiver na CSOL.

Pro visto permanente não precisa comprovar fundos, apenas pro visto de estudante (algo em torno de 1500 dólares por mês que vc for ficar aqui, não sei o valor exato).

Espero ter ajudado! Só não esquece de dar uma olhada no "Post Mais Importante do Blog", o link tá lá em cima, no cabeçalho do blog.

Abraço!