Depois do Slash (veja o post
AQUI), foi a vez do show do
Matchbox Twenty em Sydney. Pra quem não conhece por nome (e também pra quem os critica por terem uma roupagem pop sem ao menos se dar ao trabalho de ouvir a discografia dos caras), é a banda liderada por
Rob Thomas, compositor que entrou para o
Songwriters Hall of Fame em 2004 e já foi convidado por gente do naipe de
Mick Jagger, Carlos Santana, Tom Petty e Willie Nelson pra co-escrever.
|
Início do show |
Com mais de
25 milhões de álbuns vendidos até hoje, a banda lançou seu
primeiro registro em 1996, 16 anos atrás. Em Setembro/2012 eles lançaram seu quarto álbum de estúdio,
North, que estreou na
primeira posição da Billboard e dá nome à atual tour mundial, que já passou por Europa, USA e Oceania.
Assim como o show do Slash, esse também foi no Sydney Entertainment Centre e estava lotado até o limite, tanto que um novo show foi marcado no dia seguinte. Foi a primeira vez que fui a um show em que não havia pista, apenas cadeiras e, apesar da tranquilidade de ter um lugar reservado e não ter muvuca nenhuma, nada se compara à energia da pista. Além disso, os australianos são muito parados quando o show é sentado (já nos haviam dito isso) e isso pra mim tira um pouco do "tesão" do show.
Com exceção desses pequenos detalhes, foi uma
noite inesquecível. Com
duas bandas de abertura,
Evermore (chegamos no fim deles, não deu pra ver quase nada) e
INXS (fizeram um show muito bom), o público ficou aquecidíssimo pra receber o Matchbox.
Sobre o show em si: a banda é
tecnicamente perfeita (não teve um único erro a noite toda e as músicas estavam
idênticas ao CD) e tem uma pegada um pouco mais rock 'n' roll ao vivo do que em estúdio. Veja o setlist
AQUI.
|
Rob Thomas dando um show de interpretação |
Rob Thomas é um intérprete fenomenal, que canta com a alma e dá tudo de si a noite toda, seja no vocal, na guitarra ou no piano. Com sua voz marcante e seus trejeitos às vezes meio desajeitados, que só fazem por aumentar ainda mais seu carisma, Rob mostrou porque tanta gente grande já quis trabalhar com ele.
Kyle Cook, o guitarrista, tem toda a pose de um guitar hero, apesar de estar bem longe de o ser. De qualquer forma, é extremamente competente e preciso nas seis cordas, além de cantar muito bem (cantou "The Way", uma bela música do último álbum).
|
Kyle Cook cantando "The Way" |
Paul Doucette é o maestro da banda. No show ele tocou guitarra, bateria e percussão, além de fazer backing vocals, mas também é ótimo pianista. Com uma postura mais irreverente e performática, Paul agitou a noite toda e numa das músicas do bis foi até o meio da plateia e pendurou a guitarra em um espectador, que fazia o ritmo enquanto Paul fazia as notas no braço do instrumento com a mão esquerda. Foi um momento muito massa, de grande interação entre o público e a banda, já no fim da noite.
Bryan Yale, o baixista, é o mais discreto dos quatro, mas também um ótimo músico. Há também dois músicos de apoio, um tocando teclados/sintetizadores/violões/guitarras e outro na batera.
O vídeo abaixo é uma compilação de alguns dos melhores momentos do show. Não tem o Rob filmando o solo do Kyle com a câmera de um fã nem o Paul pendurando a guitarra no cara no meio da plateia, só lembrei disso depois que o vídeo estava pronto e não tive saco pra refazer, mas as principais músicas estão todas aí. Te desafio a assistir o vídeo todo e não conhecer pelo menos umas 3 músicas. :-)
Rob filmando o solo de Kyle com a câmera de um fã, momento
que mostra bem o quão boa a banda é na interação com o público:
Foto tirada já no finalzinho do show:
Última música da noite: Good Time, do INXS, com o INXS:
É isso, mais um item riscado na minha "bucket list musical". No fim do mês vamos ao show do Nickelback riscar mais um item, logo tem post por aqui contando como foi.