(CLIQUE NAS IMAGENS PARA VÊ-LAS EM TAMANHO REAL)

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Ilhas Fiji (Parte 2) - Um Jantar Fijiano Típico, o Caranguejo Areia e o Vilarejo

Continuando a sério de posts sobre sobre nossa viagem pra Fiji (clique AQUI pra ver a primeira parte), vou começar esse aqui com fotos e vídeos de um jantar Fijiano típico que o Fiji Palms, resort onde ficamos hospedados, faz toda segunda, com direito a comida cozida no buraco e muitas danças e músicas da cultura local.

Comida cozinhando no buraco desde a hora do almoço

Um pouco das danças e rituais típicos da cultura Fiji
(e o manezão aqui fazendo o ritual da bebida tudo errado)

Como eu disse no primeiro post, o nosso resort ficava entre dois outros resorts, um dos quais a gente foi conhecer, o The Pearl. As fotos abaixo são de lá:
 Jantar no The Pearl (só tinha a gente, puta mordomia)



Vida sofrida...

A recepção do The Pearl

Pacific Harbour tem um vilarejo bem massa, super acolhedor e cheio de opções pra comer e comprar souvenirs. É passagem obrigatória pra quem vai pra lá:
Indo pro vilarejo

Lago com vitórias-régias coloridas, já no vilarejo

Mais um pouco da vilinha...

   Bananeiras em forma de leque


E pra fechar o post, um pouco do tal caranguejo areia (Sand Crab é o nome original). Muito loca essa espécie de caranguejo, fica super camuflada na areia da praia e se move extremamente rápido:
Mestre da camuflagem

Se liga na velocidade do animal... (coloque tela cheia e veja até o fim, vale a pena)

Bom, pra esse post já tá bom. Conforme dito no primeiro post, a melhor parte ainda está por vir, que vai ser o post final, com um pouco de fotos e vídeos das águas do Pacífico - as mais lindas que já vimos na vida.


terça-feira, 17 de abril de 2012

Um Neozelandês no Brasil

Muita gente (eu, por exemplo) vem do Brasil pra Austrália ou Nova Zelândia e faz um blog contando o quão melhor a vida é por aqui, mas algum tempo atrás eu vi esse texto de um neozelandês que fez o caminho inverso: saiu da Nova Zelândia e foi morar no Brasil. Ele conheceu a namorada brasileira na Nova Zelândia e quando chegou a hora de ela voltar pro Brasil ele decidiu acompanhá-la.

Não vou postar o texto aqui, pra quem quiser ler (recomendo, não é longo) está no blog "Nossa Vida na Nova Zelândia", da Jeanine Almeida. Vou apenas tecer alguns comentários sobre alguns pontos que me chamaram a atenção.


- "O Brasil é muito mais um país sobre 'quem você conhece' e não tanto sobre 'o que você conhece'" --> Em grande parte sim, infelizmente. De qualquer forma, ainda existe a meritocracia no Brasil, mas em escala bem menor que o famoso Q.I. ("quem indica"). Não que indicação seja algo ruim, afinal um profissional bom tende a indicar profissionais bons, mas ela deve ser fator secundário na hora de avaliar um possível candidato a uma vaga: antes de mais nada, a competência é o que vale.

- "O Brasil é como uma teia de aranha grande e complicada que conecta uma enorme gama de pessoas, mas que é impossível de ver ou compreender. Para conseguir um bom trabalho em uma empresa privada, você realmente precisa fazer parte da 'teia' correta" --> De novo, concordo que em grande parte é assim que funciona mesmo. Infelizmente, no Brasil o Q.I. muitas vezes é mais importante do que o conhecimento e a capacidade.

- "Tentar ganhar dinheiro é incrivelmente difícil" --> Não é. Pode não ser tão fácil quanto é na Austrália ou na Nova Zelândia, mas quem corre atrás e trabalha duro sempre chega lá e não é "incrivelmente difícil".

- "O salário mínimo aqui no Brasil é ridiculamente baixo e é um insulto, especialmente para aqueles que tem alguma formação. Na maioria dos casos, o salário mínimo só permite que uma pessoa possa sobreviver se ela viver com seus pais" --> Assino embaixo. Pra se ter uma ideia, o salário mínimo na Austrália é mais de 2 mil dólares (não sei o valor exato, até porque varia de estado pra estado, mas é por aí). O salário mínimo no Brasil nada mais é do que uma piada de mal gosto.

- "Um emprego na iniciativa privada (...) teve 200 candidatos e estava pagando o salário mínimo (...) e ela se decepcionou ainda mais quando descobriu que teria que pagar R$100 pelo 'privilégio' de fazer um exame de 3 horas em um domingo de manhã" --> Concordo com a decepção com o salário e com a concorrência. Discordo da reclamação sobre ter que pagar o exame: qualquer exame envolve custos e tem que ser cobrado (é assim em qualquer lugar do mundo).

- "Há muitos profissionais altamente qualificados aqui. Mas onde estão os postos de trabalho e onde está o salário que reflete as qualificações que muitas pessoas possuem é o que eu me pergunto" --> Sim e não. Profissionais altamente qualificados não ficam sem trabalho, tenho que discordar nesse ponto. Mas concordo plenamente com o que ele diz na segunda parte: onde está o salário que reflete as qualificações?

- "Eu aprendi a estar sempre atento ao que acontece à minha volta e nunca baixar a guarda. Isto pode ser muito cansativo e é algo que eu não costumava precisar fazer" --> Acho que quase todo brasileiro se identifica com esse trecho, que infelizmente é 100% verdadeiro.

- "Acima de tudo, o que mais me decepciona no Brasil são as histórias sem fim de corrupção (..) Eu não posso tolerar a injustiça ou abuso de poder que é o que está acontecendo em uma escala inacreditável no Brasil. De políticos a policiais e prefeito, a corrupção é ilimitada. Dê poder ou responsabilidade a alguém, combinado com acesso ao dinheiro, e a tentação de abusar dessa posição é vergonhosamente alta. Infelizmente, este país está tomado pelo câncer da corrupção no mais alto nível e que parece impossível de ser eliminado" --> Nada a comentar, esse excerto já valeu o texto todo. Cru, objetivo e, infelizmente, real.

- "Quanto mais dinheiro você tem, mais problemas você pode resolver na conversa ou comprar uma 'solução'. Eu percebi que no Brasil um monte de coisas (e funcionários) estão à venda" --> O que dizer? É a mais pura realidade.

- "A grande maioria das pessoas aqui trabalham duro, muitas vezes fazendo longas horas e ganhando pouco. Mas quando o trabalho termina os brasileiros gostam de ver a família, socializar, tomar uma bebida e festar. Isto é o que eu gosto daqui" --> Taí uma coisa boa, da qual tenho orgulho: o calor do povo brasileiro é único.

Mais uma vez: não deixe de ler o texto original, está no blog "Nossa Vida na Nova Zelândia", da Jeanine Almeida.


domingo, 8 de abril de 2012

Dicas de Turismo na Austrália

Há algum tempo o pessoal do Correio Braziliense entrou em contato com alguns de nós, blogueiros brasileiros morando na Austrália, pedindo textos e dicas de turismo na Austrália. O motivo foi o novo sistema de obtenção do visto de turismo australiano implantado na metade de Fevereiro, totalmente online e extremamente rápido (o visto sai em menos de 48 horas). A reportagem final, "Austrália: blogueiros brasileiros dão dicas de turismo no país da Oceania", está AQUI pra quem quiser ver. Tá bem massa, recomendo.

Como o texto que eu escrevi acabou ficando muito grande pra reportagem, o pessoal do jornal fez um resumo e publicou só algumas partes, já que tinham textos de outros blogueiros pra serem publicados também. Sendo assim, resolvi publicar o texto na íntegra por aqui. Se você está pensando em vir passar um tempo na terra dos cangurus, não deixe de ler...


"Algumas coisas que você, futuro turista na Austrália, precisa saber antes de vir pra cá: a Austrália é um país multicultural. Há 20 anos as portas estavam completamente escancaradas para os imigrantes, o que fez com que a população australiana passasse por uma forte miscigenação. Por conta disso, o que se vê pelas ruas é uma mistura de gente de todo canto do mundo. Os australianos estão super acostumados com isso e não têm o menor preconceito. Brasileiros em especial são muito queridos por aqui.

Das 10 melhores cidades do mundo pra se viver, 4 são australianas (Sydney, Melbourne, Perth e Adelaide). Aqui as cidades são limpas e não têm poluição, congestionamentos, violência ou corrupção (a Austrália é o nono país menos corrupto do mundo, enquanto o Brasil está na 62a posição). Há belezas naturais, praias e parques por todo canto, o transporte público é muito bom e o clima é idêntico ao brasileiro. O povo é educado, tranquilo e sempre disposto a ajudar - a frase que o australiano mais diz é "no worries, mate", algo como "desencana, cara" -, por isso não se preocupe se o seu inglês estiver enferrujado e você não entender o que o pessoal disser: é só pedir pra repetir que ninguém vai achar ruim. A gente costuma dizer brincando que se você quiser treinar o inglês é só abrir um mapa na estação de metrô e fingir que está perdido: quando menos esperar vai estar cheio de gente te oferecendo ajuda - assim é o australiano.

Os passeios mais famosos na Austrália estão todos em Sydney: Harbour Bridge, Opera House, Royal Botanic Gardens, Sydney Aquarium (um dos mais lindos aquários do mundo), Taronga Zoo (não deixe de fazer o encontro com os coalas, dura 20 minutos e custa 20 dólares pra um grupo de até quatro pessoas), Sydney Tower, Sydney Olympic Park (sede das olimpíadas de 2000), Blue Mountains, Jenolan Caves (um conjunto de cavernas lindíssimas) e, obviamente, as praias. Sydney tem 50 praias, todas muito bonitas, então opções não vão faltar: Bondi, Manly, Bronte e Coogee são bem agitadas, enquanto Balmoral, Collaroy, Camp Cove e Fairlights são mais tranquilas.

É claro que o resto do país também tem opções de turismo: Gold Coast é uma cidade no Nordeste australiano muito famosa pelas praias e pelos parques temáticos. Cairns fica ao Norte de Gold Coast e é o melhor ponto pra quem quer fazer mergulho na Grande Barreira de Corais. Melbourne é a capital dos esportes, onde tem o GP de F1 em Março e o AUS Open de tênis em Janeiro, além de ser um paraíso culinário, com restaurantes aos montes. Uluru, também conhecida como Ayers Rock ou Red Centre (Centro Vermelho), é uma enorme rocha bem no meio do país, com 350 metros de altura e 10 quilômetros de circunferência, que "muda de cor" conforme o horário e o ângulo de incidência dos raios solares. Se você for um turista com tempo, existe um trem que atravessa o país em dois dias, saindo de Darwin, cidade no extremo Norte, e chegando em Adelaide, no Sul, passando pelo Centro Vermelho.

Mesmo com todas essas opções, é óbvio que alguns lugares só são descobertos por quem efetivamente vive aqui, então aproveite as dicas de ouro que vou dar a seguir: se você gosta de vinhos, há uma região cerca de 200km ao Norte de Sydney chamada Hunter Valley, cheia de vinícolas, com degustação liberada e vinhos deliciosos a preços excelentes. Dá pra passar um dia inteiro indo de vinícola em vinícola, degustando vinhos e queijos - só tome cuidado pra não abusar no álcool. Pra quem gosta de animais, há uma praia cerca de 200km ao Sul de Sydney chamada Pebbly Beach que é povoada por cangurus. Vale a pena visitar o lugar no período da tarde, que é quando os bichinhos saem da mata e vão pra areia da praia. Dá pra ver no mínimo 30 cangurus espalhados pela praia (incluindo algumas fêmeas com o filhote na bolsa!) e quem quiser brincar com os animais pode ir sem medo, já que eles são super mansos e estão acostumados com o ser humano.

Se você gosta de uma cervejinha, é obrigatório experimentar as cervejas australianas, bem mais encorpadas e saborosas que as brasileiras. A variedade é enorme e há opções pra todos os gostos: pilsen, dry, pale ale, golden ale, escura e até cerveja de mel.

Mais uma dica de ouro pra você não ser um turista despreparado: pra poder dirigir aqui é só trazer uma tradução juramentada da carteira de habilitação brasileira. Só tome cuidado porque aqui é mão inglesa, então o ideal é ir com calma no começo até acostumar com o trânsito "ao contrário".

Infelizmente, todo turista que vem pra cá tem que ter o bolso preparado: as coisas aqui são mais caras que no Brasil. Uma refeição boa sai por uns 15 dólares e uma cerveja em qualquer pub custa no mínimo 6 dólares, por isso é importante se planejar adequadamente no aspecto financeiro.

Tirando esse único ponto negativo, a Austrália é um destino fantástico pra turismo e sem sombra de dúvidas uma viagem que vai render histórias, fotos e experiências pra vida toda."



terça-feira, 3 de abril de 2012

Melhores Países pra se Viver

Post rápido que eu achei perdido em meus rascunhos antigos: em Novembro de 2011 a ONU publicou o mais recente ranking de países em termos de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), e a Austrália é o SEGUNDO país da lista, perdendo apenas pra Noruega (veja AQUI).

Muitos países ocupam posições já "esperadas": Estados Unidos, Nova Zelândia, Canadá, Suécia, Irlanda, Holanda e Alemanha estão entre os dez primeiros. Algumas suspresas (pra mim) foram o Reino Unido, em 28o., atrás de países como Singapura, Hong Kong, Israel e Coréia do Sul, e o Qatar, em 37o, na frente de países como Hungria, Portugal, Romênia e Bulgária.

E o nosso querido Brasil? Em 85o, lá embaixo. O que isso significa? Que um cidadão que mora, por exemplo, na Jamaica, Azerbaijão, Líbano, Albânia, Casaquistão, Kuwait, Arábia Saudita ou até mesmo em Cuba tem maiores chances de ter uma qualidade de vida melhor que a sua

Assustador, não? Tá lá no ranking, é só conferir.